O web jornalismo ou jornalismo online consiste na instantaneidade, interatividade, multimediação, programação e personalização de conteúdo.
Existem inúmeros adjetivos para diferenciar o tipo de publicação do jornal digital para o jornal impresso, sobretudo, acredito que a maior vantagem é a recuperação da informação, já que a grande maioria dos jornais on-line mantém armazenadas todas as suas "notícias anteriores" em seus servidores, de modo que o leitor pode facilmente pesquisar por palavras-chave.
Fazendo uso do Jornal do Brasil, listei as características que o diferenciam dos demais jornais exclusivamente online:
- textos, remetem para outros sites de interesse que contêm informação adicional;
- os artigos podem ser discutidos em Newsgroups;
- notícias em tempo real;
- enquetes;
- notícias pelo celular, selecionadas pelo leitor.
Outras vantagens que o jornal inpresso não oferece:
- disponibilidade de acesso em qualquer computador ligado à internet,
- acessibilidade a qualquer hora, de qualquer ponto do mundo, antes do que a versão impressa;
- sem limites de tiragem;
- permite ao Design gráfico uma maior liberdade criativa, através de ferramentas disponíveis para a construção na Web;
- gratuito.
Já que estamos na semana da Consciência Negra, destaquei uma matéria do Sociólogo Gilson Caroni Filho, intitulada como "Olurun Eke e a República incompleta: o negro brasileiro consegue criar as coisas mais bonitas de sua produção simbólica." O autor expõe a necessidade de um novo olhar sobre as culturas afim de descobrir as "essências escondidas atrás de formas ou aparências".
"Ser negro no Brasil de 2010 é, culturalmente, assumir a Alma Popular: é pensar a partir do ponto de vista do povo. É, sobretudo, estabelecer sintonia ideológica com as classes sociais que foram exploradas durante nossos 510 anos de história. O grande saque que se iniciou com a invasão portuguesa, por causa do pau-brasil, continuou e prosperou até depois da Independência, sempre a beneficiar os brancos. Consolidou-se com a Abolição/Proclamação da República, e continua até os nossos dias."
A nova sociedade estruturada pelas tecnologias, está imersa em um mar de informações, Imagens e sons. Para que os usuários não se afoguem, é necessário um profissional da informação possua, não só, conhecimentos específicos na área de organização e tratamento da informação, mas também, é imprescindível o conhecimento com as novas tecnologias do conhecimento para gerenciar a informação que de fato está sendo procurada.
Todos os meios serão multimeios, a verdadeira especialidade dos futuros profissionais da informação será a capacidade de trabalho em todos eles, seleccionando e interpretando informação com a suficiente criatividade para dispor agradavelmente essa informação para quem necessita. (PÉREZ, 1997)
Quanto mais cresce o uso da Internet no Brasil, mais se avolumam as matérias jornalísticas que, com raras exceções, misturam ignorância, medo e vulgaridade preconceituosa.
“Cachorro fez mal a moça.” Por trás da sugestão velada da sevícia, um pobre cachorro-quente, certamente com o molho azedado. Hoje com a mudança dos hábitos sociais, não se faz mais mal às moças, nem aos cachorros. (LONDON, 2000, p.107)
Lidas com atenção e critério, essas “matérias” se cobrem de ridículo. Ocorre a absorção de tecnologias e de novos conceitos defasados e sem tanta importância como aparentava inicialmente.
Assim também se apresentam as notícias de fontes ciêntificas “Pesquisa realizada pela...” substituindo os relatos.
Quem relata se isenta do que escreve, pois, está citando uma fonte “técnica”, quem ouve dá ao relato valor ciêntifico, pois não é um texto assinado por fulano ou sicrano, mas uma “verdade científica”. Nada tem relação direta com a verdade ou com a mentira, pois dados numericos ou conclusões sociais ou técnicas desprovidas de informações sobre seu contexto e limites de verificação podem ser piores conselheiros do que opiniões e avaliações, especialmente de estudiosos e de analistas de notório saber. (LONDON, 2000, p. 30)
Então, com o jornalismo on-line ocorre uma necessidade de mediar a informação e o usuário, saber explicar e dar uma interpretação dos acontecimentos e notícias será algo cada vez mais valorizado e um campo que se abre para o bibliotecário que está inserido nesse contexto, assim como ressalta Furio Colombo (1998):
[ . . . ] os profissionais da informação, neste quadro infinitamente maior, mais povoado, mais rico, mais perigoso, apresentar-se-ão como os voluntários de um patrulhamento ideal, os capacetes azuis que tentam retirar a ordem da desordem, sequências racionais do caos, e um constante trabalho de identificação e denúncia da desinformação que se torna possível numa base enormíssima.
Referências:
COLOMBO, Furio. Conhecer o jornalismo hoje. Lisboa: Editorial Presença, 1998.
LONDON, Jack. Navegar é preciso? Rio de Janeiro: Campus, 2000.
PÉREZ, Arturo Merayo. Periodistas para el siglo de la información: claves para formar los nuevos comunicadores. Espanha, 2000. Disponível em . Acesso em: 15 nov. 2010.
Jornal do Brasil. Disponível em: < http://www.jb.com.br/>. Acesso em: 15 nov. 2010.
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